top of page

Coletivo de Mulheres do Sindicato participa de ato contra PL 1904/24


 A Direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté por meio do Coletivo de Mulheres participou na quinta-feira (20/06), do ato político contra o PL 1904/24, também conhecido como PL da Gravidez Infantil.

Organizado pela Mobilização Feminista de São Carlos, a manifestação teve início às 17h, na Praça do Mercado Municipal e reuniu movimentos sociais, partidos políticos de esquerda e entidades sindicais.

Os participantes protestaram contra o PL 1904/24, pois entendem que caso seja aprovado, mesmo gestantes vítimas de estupro, podem pegar uma pena maior que a de seus estupradores.

Para a vice-presidenta do Sindicato e Secretária da Mulher da FEM-CUT/SP, Ceres Lucena, políticos colocam PL como moeda de troca, colocando em risco a vida das mulheres. “É de extrema importância da população entender quem é o seu representante, venho aqui fazer um alerta para a população, quem são os seus representantes? Deputados, senadores, prefeitos e vereadores? Neste ano eleitoral é necessário observar quais os projetos dos seus candidatos, sabermos quem beneficia realmente a população, para não sermos massa de manobra e acabar sendo atingidos, como é o caso deste PL que nos prejudica e coloca nossas vidas e das nossas meninas em risco, vamos ficar atentos. Não ao PL 1904/24”, declara Ceres.

Para a coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sindicato, Gislaine Tangerino esse PL 1904/24 é um retrocesso. “Um cruel retrocesso contra as mulheres, violentando-a pela segunda vez, tirando os seus direitos adquiridos com muita luta ao longo dos anos. Seria necessário tratar a questão em sua causa raiz para eliminar esse problema, criando leis mais severas contra o abusador. Nós como sociedade não podemos nos colocar como julgadores do sofrimento da vítima, cabe a cada uma ter o direito de decidir o que fazer com o seu corpo. Ser contra o aborto não nos dá o direito de julgar, matando em vida todos os sonhos, direitos e liberdade dessas meninas, mulheres que já vão carregar esse trauma pelo resto de suas vidas”, declara Gislaine.

 ENTENDA O PL 1904/24

A discussão sobre o Projeto de Lei nº 1904/24 que criminaliza meninas e mulheres que praticarem o aborto em casos de estupro, anencefalia (ausência parcial do cérebro e da calota craniana), e com risco de morte da gestante, após a 22ª semana de gravidez, colocou luz no debate de como a extrema direita, que tem no Congresso Nacional representantes conservadores, usa o corpo das mulheres como moeda de troca política. A bancada da extrema direita quer retroagir em 84 anos propondo o fim da lei que permite o aborto legal, nos casos citados, que remonta a 1940. 

Este ano ocorrerão eleições municipais, o que para analistas políticos será um teste para as próximas eleições presidenciais diante do embate entre progressistas x conservadores, e também a eleição que definirá o sucessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PL-AL). Foi Lira quem acatou o pedido da extrema direita e colocou o PL do estuprador, como tem sido chamado pelas mulheres, em regime de urgência para evitar que o tema seja debatido em comissões e siga o rito normal, pois precisa desses votos para eleger seu escolhido à sua sucessão. Após desgaste político vindo das ruas e das redes sociais, Lira decidiu retomar o debate sobre o tema após o recesso parlamentar, que ocorre em julho.

As agressões sexuais foram o tipo de violência mais recorrente registrada contra meninas de 10 a 14 anos no Brasil em 2022. A agressão sexual representa quase a metade (49,6%) dos casos de violência contra meninas nesta faixa etária, e 30% entre bebês e crianças de até nove anos.

PELA VIDA DAS MULHERES!

PELA VIDA DAS MENINAS!

PL DO ESTUPRO, NÃO!

CUT/BRASIL



Confira as fotos da manifestação em nossa página do facebook.




Comments


bottom of page