A Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT) publicou ontem (23/03), que apenas cerca de 6% do petróleo refinado no Brasil é importado, enquanto os outros 94% do refino é feito com óleo produzido no próprio país.
De acordo com os petroleiros, a presença do petróleo nacional poderia chegar a até 100%, atendendo às necessidades de derivados do país. Isso só não ocorre porque algumas refinarias utilizam o óleo importado, não por insuficiência da produção, mas como opção para otimizar processo industrial específico. Nesse sentido, os números contradizem frontalmente a atual política de preços da Petrobras.
Desde 2016, com a introdução do Preço de Paridade de Importação (PPI), que permite que a Petrobras reajuste os preços dos combustíveis de acordo com o valor internacional do barril de petróleo, cotado em dólar, a estatal passou a fixar os preços dos combustíveis considerando como se todo petróleo refinado no país fosse importado. Daí a suposta necessidade de manter os preços praticados no Brasil atrelado à variação do petróleo no mercado internacional.