A atual queda no poder de consumo dos trabalhadores tem ficado cada vez mais evidente, pois toda a semana os produtos estão mais caros.
Dois fatores têm ajudado a diminuir o poder de compra dos trabalhadores, o aumento elevado de preços dos alimentos e bens de consumo, e o fim da política de valorização do salário mínimo.
Dados divulgados pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), no início do mês, mostra que o valor da cesta básica aumentou em 17 capitais, com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima que em dezembro de 2021, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido no valor de R$ 5.800,98 ou seja, 5,27 vezes o valor do salário mínimo.
Os efeitos da inflação não são iguais para toda a população e os gastos com alimentação e bens de consumo (transporte, moradia, saúde e serviços) acabam pesando mais para quem tem a renda mais baixa.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA-15), prévia da inflação oficial, foi de 10,20% nos últimos 12 meses. Neste mês 8 dos 9 grupos de produtos analisados tiveram alta, dados divulgados na quarta-feira (26/01), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, toda vez que vamos ao supermercado somos surpreendidos com a alta acumulada de preços nos produtos básicos, como por exemplo, carne bovina, arroz, feijão, açúcar, leite, óleo, dentre outros. Já com transporte a alta elevada nos preços dos combustíveis e as tarifas de ônibus assolam a vida do trabalhador, que muitas vezes tem que realizar escolhas difíc