Os metalúrgicos na Electrolux paralisaram a produção por 30 minutos na entrada do primeiro turno, na manhã desta segunda-feira (29/01).
A mobilização foi realizada como forma de protesto, por conta da demissão arbitrária de 12 trabalhadores desligados da empresa na semana passada.
A Direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté repudia as demissões que ocorreram sem diálogo com a entidade, e busca negociar junto a empresa a reintegração dos trabalhadores, já que a mesma vem praticando horas extras. "A empresa não dialogou com o Sindicato demitiu arbitrariamente, temos a informação que durante o ano, vários trabalhadores realizam horas extras no final de semana e tiram folga durante a semana. E aqueles que não fazem tais horas, acabam sendo sufocados e causa estafa. Considero isso um desrespeito aos trabalhadores, e por isso o Sindicato organizou este protesto em forma de alerta" explica Vanderlei.
Vanderlei Strano, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté, afirma ainda que é de extrema importante a união dos trabalhadores para garantir os avanços. “Com a paralisação os trabalhadores na Electrolux mostraram que estão unidos. A Direção do Sindicato pode realizar assembleias de protestos nos próximos turnos caso a empresa não chame para negociar, por isso a disposição de luta é importante".
Na quinta-feira (26/01), a Direção do Sindicato protocolou um documento junto a empresa pedindo a reintegração dos trabalhadores, dentre outros direitos. "Aguardaremos a empresa entrar em contato conosco, queremos resolver tudo da melhor forma possível. Caso não haja acordo convocaremos os trabalhadores para assembleia, publicaremos edital, e iremos votar aviso de greve", finalizou Strano.
Para a vice-presidenta do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté e Diretora da Mulher da FEM-CUT/SP, Ceres Lucena, o mais importante neste momento, é mantermos o foco na luta. “Nós, do Sindicato, não podemos assistir o processo de demissão, sem nenhum processo de reação. Assim sendo, estamos aqui com esse protesto e acatando a vontade das trabalhadoras e dos trabalhadores, pois defendemos que existem alternativas para preservar os empregos. Por isso, é importante essa demonstração dos trabalhadores de muita união para fazer a luta da melhor forma, com organização e mobilização“, ressaltou Ceres.
Para fortalecer a luta, em solidariedade aos trabalhadores na Electrolux estiveram presentes na assembleia os metalúrgicos da base Tecumseh, Volkswagen, representantes do CSA (Comitê Sindical dos Aposentados), representantes da FEM-CUT/SP, os metalúrgicos do ABC, os metalúrgicos de Sorocaba e os metalúrgicos de Matão.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté sempre atuante na luta pelos direitos dos trabalhadores.
Comments