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Ex-presidente do Sindicato do ABC fala sobre Sindicalismo, trabalho de base e juventude

Na manhã de quinta-feira, 13, durante o segundo dia do 9º Congresso da FEM-CUT/SP – “Metalúrgicas e Metalúrgicos na Luta Pela Reconstrução dos Direitos, da Democracia e da Soberania Nacional”, Priscila Passos, do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Odirley Luis Romão Prado, do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba mediaram a mesa “Sindicalismo, trabalho de base e juventude”, com Wagner Santana, o Wagnão, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Wagnão trouxe reflexões sobre a importância do trabalho de base e afirmou que “A estrutura sindical é velha e nós precisamos do novo. A juventude está pronta para nos ajudar a mudar”.


A categoria metalúrgica tem caminhado para um envelhecimento. De acordo com dados do DIEESE, a base de jovens da FEM-CUT/SP passou de 54% para 43%. Outra percepção dos militantes e dirigentes sindicais se dá na descrença dos trabalhadores nas entidades sindicais. Para transformar este cenário, Wagnão defende a modernização do sindicalismo. “O sindicalismo se transforma e pede por mudança. Mudança no nosso método, no formato e, principalmente, na nossa relação com a base”, defendeu.


Os desafios para reconstrução do Brasil são muitos. É preciso reconstruir os direitos perdidos e avançar na conquista de novos que apresentem respostas concretas às novas formas de relações de trabalho. “Quando falamos de juventude, pensamos em algo muito distante, mas estamos falando do hoje. A juventude atual está em situação de trabalho precário e quer mudança”, afirmou Priscila Passos. Wagner Santana ainda problematizou a postura de dirigentes sindicais nas bases que muitas vezes se confunde com a de chefia e relembrou que trabalho de base se faz com diálogo e confiança. “Precisamos pensar na representação para além dos cargos, precisamos da representação a partir do local de trabalho. Temos que entender que nossa disputa de poder é com a fábrica, com a chefia. O maior bem que temos é a nossa mão de obra e estamos perdendo as condições de manter o básico para quem depende de nós, do trabalho do sindicato”, explicou. “Trabalho de base só se faz com representatividade e respeito. A referência da mobilização que o trabalho de base precisa construir”, finalizou Wagner Santana.


FEM-CUT/SP





 

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